Se eu existir, matem-me
31/07/2003
  Casar: Não preciso....



Uma questão interessante é essa do casamento. Porque teria eu de
casar para gostar de alguem? Se eu gosto de alguem não preciso de
casar para gostar mais ou menos de alguem.
Mas poderia equacionar essa questão se o casamento permitisse
melhores beneficios fiscais que o simples viver unidos (unidos de
facto).

Só uma ultima nota: O casamento só é válido perante a lei, se este
for registado na conservatória (notário, cartório e/ou afins).
Geralmente (em portugal é assim) o padre que irá fazer a cerimónia, é
o elemento que trata desses pormenores (e são pormenores importantes
já que sem esses registo, o casamento não tem validade na lei).
Apenas temos que assinar uns dias antes da cerimónia os respectivos
documentos.
Nesses documentos consta várias modalidades juridicas. Essas
modalidades juridicas são 3 (só conheço 3):

1º Comunhão de Bens (tudo que for adquirido antes e após o casamento
será de ambos)

2º Separação de Bens (tudo o que foi adquirido antes do casamento é
de casa um. Tudo o que for adquirido depois do casamento será
quantificado para a sua distribuição, sendo que cada bem registado
num nome será apenas do detentor desse registo)

3º Comunhão de Bens Adquiridos (tudo que foi adquirido antes de casar
é de cada um. Tudo que for adquirido depois de casar será
quantificado par aa sua distribuição. Neste caso cada bem registado
tanto é de um como do outro)


O casamento não é só beijos, abraços e presentes. É mudar a frauda do
bebe, fazer as camas, fazer comida, assinar papeis importantes, ir a
tribunal quando necessário, pagar contas quando o outro não as pode
pagar, etc..


Casar é um risco. Um risco desnecessário... "Se eu gosto, é porque
gosto..."



wolcit

 
  Meu Amor. No dia do teu aniversário, eu NÃO te darei um abraço



Hoje vou falar sobre uma questão interessante. O amor fácil. Já foi
falado noutro post, sob a forma de um beijo. Mas este é sobre o
paradoxo que é o amor e sua envolvencia (não. ainda não é a tal
definição fria).

À umas horas atrás, estava conversando com a minha mãe sobre a
problemática do amor e da discursão cheguei a uma comnclusão: Quem
ama não espera nunca o difícil. Ou seja, espera sempre o fácil.

Explico. Quando duas pessoas se amam, o epicentro desse amor, situa-
se no grande estado das trocas. Isto é, eu recebo logo dou. Eu dou
logo recebo.
Quando duas pessoas se amam, os abraços, beijos, carinhos, poesias,
presentes, atitudes romanticas, etc., fazem parte do estado amor. Ou
seja, os que se amam não se sentem. Esperam o fácil. Malu escreveu:
"Não te perdoaria nunca se chegasses em casa no dia dos namorados e
não me desses nem um abraço gostoso pela comemoração do meu
aniversário... se isso não acontecesse, seria o fim da nossa união,
mas se vc...".
Tu, meu amor, esperas o fácil. Não queres sentir. Preferes a observação do
amor, logo alí como caído do céu sem esforço.
Mas o amor é um paradoxo. É simples e dificil. É simples, porque dele
emanam sentimentos unicos, talvez quase utópicos, trágicos, mas
fluidos. Não há enganos na alma no amor. É simples. ama-se e pronto.
Sem justificações. Mas é difícil. Muito dificil, porque é preciso
sentir. E saber sentir é preciso que as almas fiquem em contacto.
Quase que se eleva pela energia despendida. Sentir dá trabalho.
Sentir consome energia (a tal energia). Sentir é suar sem depois
tomar banho. Sentir é uma raiva que entra e que se consome. E como
tal, sentir é dificil. Então quem ama não sente. Pensa que sente mas
não sente. E por isso espera o fácil. Espera o beijo, porque beijo é
sinal de amor, espera carinho porque o carinho é sinal de amor,
espera abraços, porque um abraço é sinal de amor, espera presentes,
porque um presente é sinal de amor, espera...
Não meu querido amor. Não te darei jamais abraços. Jamais te beijarei, jamais de
darei presentes, jamais te darei carinho. Terás que sentir o meu
amor. Sentir a minha alma. sentir-me como subentendidamente se deve
sentir. E..., se não conseguires, então não existe amor e o ficar
juntos não deverá ser uma opção. Poderá ficar, no máximo, a
implacavel incerteza de um amor utópico, distante ou imcompatível.

Dizia a minha mãe: "Mas como podemos ter a certeza que a pessoa nos
ama? Como posso saber se gostas de mim?" A minha resposta a ela foi
simples: "Sente. Não esperes o fácil. Sente. E quando sentires
saberás a verdade".

Esse é a minha resposta a vós. Sintam. Não esperem o fácil. E quando
sentirem descobrirão a verdade. E nesse momento poderão se sentir
felizes, porque descobriram o amor...

Quase 94% da população mundial afirma categóricamente que já
descobriu o amor. Não. O que esses 94% descobriram, é que o amor se
inventou baseado nas trocas. Afinal de contas, esse amor é ...
financeiro...

Amor financeiro não significa apenas dinheiro. Mas entendo que
adquirir algo (beijo, abraços, carinho, presentes...) é uma forma
financeiramente camuflada. E quando estamos em guerra, e toda a gente
começa a falar de amor, eu protesto e digo:"Parem de falar daquilo
que não conhecem, porque vcs, vcs mundo, não sabem o que é o amor.
Nunca souberam, não sabem, nem nunca irão saber. De resto o homem
nunca estará preparado para saber o que é o amor. Se calhar a verdade
seria tão terrível que seria a nossa imediata destruição. Razão tinha
Deus para nos esconder esse terrivel estado a que nós chamamos
estupidamente amor...



wolcit

 
  Albert Einstein e wolcit: A (in)verosimilhança(s) dos seus ódios


Albert Einstein e wolcit têm alguns pontos comum. Estranhamente mas
assim é.
Albert Einstein, foi um físico alemão nascido em Ulm na Alemanha em
14/03/1879 e
faleceu em Princeton, Nova Jersia – USA em 18/04/1955. Wolcit, por
sua vez, é engenheiro civil português, nascido em Viseu em Portugal
em 03/05/1969.
Nutrem ambos, cada qual os seus ódios. Einstein adiava a Mecânica
Quântica. Ele achava que este ramo da física destruiria a sua teoria
da relatividade e punha em causa as leis sagradas de Newton. Por sua
vez wolcit, odeia o amor. Ele acha que esse estado de alma destrói a
humanidade. O amor coloca em causa a razão dos seres na coabitação
natural de cada espécie.
Tanto Einstein como wolcit sempre foram solitários. De resto detestam
ambos multidões e ajuntamentos. Mais interessante. Ambos detestam a
essência da humanidade.
O fisico alemão, formulou a sua teoria quando viajava pelos alpes
suiços, depois de ser expulso da escola onde andava. Wolcit, por sua
vez, formula o amor no canto das suas ilusões quando vagueia pelas
ruas da sua cidade.
Tanto a mecânica quântica, como o amor, são e estão cheios de
paradoxos. Tanto a mecânica quântica como o amor se autodestroiem a
si próprios.
Einstien e wolcit tentaram demonstrar a impossibilidade das duas
formulações mas cada vez que se aventuram mais paradoxos e
bizarrarias encontram. São loucas essas formulações tal como os seus
infrutíferos demonstradores.
Tanto Einstein como wolcit nunca mostraram ser bons alunos na escola
(eram até alunos mediocres e os pais do primeiro pensaram que ele
fosse retardado) mas Einstein revelou-se um génio. Wolcit é uma
incógnita mas com uma quase certeza de que não será um génio.
Albert Einstein admitiu quase no final da sua vida que a mecânica
quântica era parte integrante da física e quase que admitiu a sua
existência.
Wolcit ainda não admitiu que o amor faz parte integrante do mundo das
emoções e por vezes perante as pistas que a sua alma lhe fornece
quase que admite a sua existência.
Curiosamente, tanto Einstein como wolcit, adoram as formalizações de
cada um deles. Wolcit adora a mecânica quântica e acredita nela,
Einstein adorava o amor (ele casou por 3 vezes) e acreditava
incondicionalmente nele (no amor). É como se essas formulações
estivessem trocadas. Talvez...
As evidências provocadas pelas demonstrações da não mecânica quântica
e do não amor, levam a uma quase pseudo critica interior de cada um
deles, pela tentativa de renegação dos factos.
Albert Einstein e wolcit vivem em épocas diferentes, mas unidos.
Unidos por laços de incompreensibilidade factuais. Um dia, talvez um
dia, os factos lhes demonstrem o quão incompreensíveis eles foram...


wolcit

 
 
Beijo: Definição




Ahhhhhhhhhhhhhhh encontreiiiiiiiiiiiiiii


Encontrei a definição do beijo. E é exactamente o que eu achava:

Beijo = Toque nos lábios de uma pessoa ou coisa, óculos, (beijo
de...) amizade falsa e pérfida, planta cariofilácea.

Ou seja. Um beijo é algo pérfido. Terrível. É tentativa de amizade
falsa. Ehehhehe
Eu adoro beijosssssssssssss :))))))))))))))))))))))))))))


Mas não é sobre o beijo, propriamente beijo que quero falar.
Estava a ver um programa sobre concertos que iram acontecer em
Portugal durante este mês e vi um casal a beijar-se.
Nada de estranho por isso. Mas a forma como o faziam me fez duvidar
do que realmente se designa por beijo.
Como o dicionário mostra, um beijo é um toque nos lábios de uma
pessoa ou coisa, fazendo pressão e abrindo os lábios após essa
pressão (beijo propriamente dito) provocando um barulho parecido com
smack ou chuak.
O que aquele casal estavam a fazer era tudo menos beijo. Pareciam
estar a chupar uma laranja. E chamam isso um beijo. Acho mais um
procurar o prazer do que propriamente um beijo de carinho.
O facto de esse tipo de beijo (não sei o nome certo), usar entre
outras coisas a língua é como se procura-se nas estranhas o que deve
ser procurado na superfície.
Assim, um beijo não se torna o símbolo da amizade mas sim uma folha
de sete pontas denominado mal...
Mas lá que é bom, isso é (é o que dizem... :))))))))))))))))) )


Wolcit

 
  O Amor?

É o amor uma consequência de actos de verdade, sinceridade e de
honestidade? Ou será apenas e justamente uma intuição avançada?

Creio, que na verdade dos homens o amor é uma invenção... Uma
invenção perpetuada pelas almas em busca de uma necessidade perdida.
Perdida no tempo... Perdida no horizonte... Cabe a nós homens,
alterar essa verdade, antes que seja tarde de mais...


wolcit

 
  Eu sou loco... Eu sou louco, insensível, materialista, sujo, egoísta, teimoso, sem
educação, preguiçoso, presunçoso, complicado, mimado, tarado,
esquisito, estranho, maluco, parvo, estúpido, e por isso o quê do meu
eu, perdesse nos confins das almas vizinhas... Como poderei usufruir
do amor? Como poderei usufruir da adoração estranha á minha alma?
Serão estas virtudes pragmaticamente falíveis numa base real? Serei
eu, este ser imundo, capaz de desbloquear paixões eternas?
Deus olhou para mim e disse: "Tu serás e terás essas virtudes...
Não porque sejam virtudes isentas do bem, mas sim para que aprendas
as virtudes isentas do mal. E assim serás até aprender as virtudes do
bem. E quando tiveres aprendido as virtudes do bem, então aprenderás
a amar. Apreenderás que o amor é eterno... Aprenderás a usufruir
desse amor e estarás pronto para receber o meu espirito..."
Assim, poderei imaginar o longo caminho que me segue à frente... E
poderei sonhar que um dia poderei aprender.


O louco wolcit

 
  Top 10 - Meus filmes Esse é o meu top 10 dos filmes preferidos.

A maioria são Americanos (5), Franceses (2), Italianos (2) e
Brasileiro (1).

A lista:

1º A Hora da Estrela (BR)
2º Bonnie and Clyde (USA)
3º O Carteiro de Pablo Neruda (I)
4º Forrest Gump (USA)
5º O Clube dos Poetas Mortos (USA)
6º O Fabuloso Destino de Amélie Polain (F)
7º Delicatessen (F)
8º Mediterrânio (I)
9º Blade Runner (USA)
10º Irma, La Douce (USA)

Vou hoje falar sobre um desses filmes em particular.
Bonnie e Clyde.
Este filme é uma bibliografia resumida de duas almas que se cruzaram
numa América assolada pela grande crise dos anos 20.
É a história da vida de dois gangsters perdidos no desencanto das
suas ilusões e na horizontalidade da América sulista. Bonnie Parker
empregada de de mesas de um café, e Clyde Barrow frustado assaltante
de automóveis, uniram-se para, durante 4 anos semearem o terror nso
estados sul dos Estados Unidos da América. Ela nasceu em 1910 e ele
em 1909. Conheceram-se em 1929. Foram mortos numa embuscada da
policia em 1934.
Acho a historias mais romanticas que há memória. E tem a vantagem de
ter sido realidade.
Adoro esse filme. Tem muitos porques. Um deles é que Clyde tambem
tinha problemas com as questões de amor. E a primeira vez que fez
amor com uma mulher foi precisamente com a Bonnie na vespera de serem
mortos.
Tem um final feliz. Uma semanas antes das suas mortes, Bonnie
escreveu um poema que vaticina o passado, o presente e o futuro
deles.
Para mim é a historia mais romantica, ultrapassando o lendário
titanic e o considerado ultra romantico romeu o julieta. É que nestes
dois ultimos o romantismo é denunciado. É tradicional. Previsível.
O final de romeu e Julieta é interessante mas é muito tradicional.
Segue a tradição de um escritor. E é apenas ficção provavlemente
baseado em historias que se foram contando de geração em geração.
Este "Bonnie and Clyde" não. para além de ser uma bibliografia e pro
isso aconteceu, é de um romantismo gelado. É o verdadeiro romentismo,
onde o amor é puro e eterno. Fica aqui o poema de Bonnie Parker e a
sua tradução.


Poema Original

The Story of Bonnie and Clyde

You've read the story of Jesse James
Of how he lived and died
If you're still in need for something to read
Here's the story of Bonnie and Clyde.

Now Bonnie and Clyde are the Barrow gang,
I'm sure you all have read
how they rob and steal
And those who squeal are usually found dying or dead.

There's lots of untruths to those write-ups
They're not so ruthless as that
Their nature is raw, they hate all law
Stool pigeons, spotters, and rats.

They call them cold-blooded killers
They say they are heartless and mean
But I say this with pride, I once knew Clyde
When he was honest and upright and clean.

But the laws fooled around and taking him down
and locking him up in a cell
`Till he said to me, "I'll never be free
So I'll meet a few of them in hell."

The road was so dimly lighted
There were no highway signs to guide
But they made up their minds if all roads were blind
They wouldn't give up `till they died.

The road gets dimmer and dimmer
Sometimes you can hardly see
But it's fight man to man, and do all you can
For they know they can never be free.

From heartbreak some people have suffered
From weariness some people have died
But all in all, our troubles are small
`Till we get like Bonnie and Clyde.

If a policeman is killed in Dallas
And they have no clue or guide
If they can't find a friend, just wipe the slate clean
And hang it on Bonnie and Clyde.

There's two crimes committed in America
Not accredited to the Barrow Mob
They had no hand in the kidnap demand
Nor the Kansas City Depot job.

A newsboy once said to his buddy
"I wish old Clyde would get jumped
In these hard times we's get a few dimes
If five or six cops would get bumped."

"The police haven't got the report yet
But Clyde called me up today
He said, "Don't start any fights, we aren't
working nights, we're joining the NRA."

From Irving to West Dallas viaduct
Is known as the Great Divide
Where the women are kin and men are men
And they won't stool on Bonnie and Clyde.

If they try to act like citizens
And rent a nice little flat
About the third night they're invited to fight
By a sub-gun's rat-tat-tat.

They don't think they're tough or desperate
They know the law always wins
They've been shot at before, but they do not ignore
That death is the wages of sin.

Someday they'll go down together
And they'll bury them side by side
To few it'll be grief, to the law a relief
But it's death for Bonnie and Clyde.


Bonnie Parker


A tradução

A história de Bonnie e Clyde

Vocês leram a história de Jesse James
De como viveu e morreu
Se vocês ainda tiverem necessidade de ler algo
Aqui está a história de Bonnie e Clyde.

Agora Bonnie e Clyde são o Barrow Gang,
Eu estou certa que vocês leram tudo
como roubam e matam
E aqueles que gritam que são geralmente encontrados feridos ou mortos.

Há muitas mentiras dessas que nos descrevem
Eles não são tão inumanos como isso
Sua natureza é crua, eles odeiam toda a lei
Pombos de tamborete, observadores, e ratos.

Chamam-nos assassinos de sangue frio
Dizem que somos insensíveis e medianos
Mas eu digo isto com orgulho, eu conheci uma vez Clyde
Quando era honesto, vertical e limpo.

Mas as leis enganaram-se à cerca dele
e prenderam-no numa cela
até me disse, "eu nunca estarei livre
Assim eu encontrar-me-ei com alguns deles no inferno."

A estrada era tão ofuscante iluminada
Não havia nenhum sinal na estrada para nos guiar
Mas decidimos se todas as estradas fossem cegas
Eles não deixariam até que eles morressem.

A estrada se põe mais escura e mais escura
Às vezes você mal pode ver
Mas é homem que luta homem a homem, e faz tudo que você pode
Para saberem que nunca podem ser livres.

Da quebra do coração, alguns povos sofreram
Do cançaço morreram alguns povos
Mas ao todo, as nossas dificuldades são pequenas
até que nós começamos como Bonnie e Clyde.

Se um polícia for morto em Dallas
E não têm nenhum pista nem caminho
Se não puderem encontrar um amigo, enxugue a roupa limpa
E pendure-a em Bonnie e Clyde.

Há dois crimes cometidos na América
Não atribuído ao Barrow Gang (bando da Vestimenta de flanela)
Não tiveram nenhuma mão no demando sequestro
Nem o trabalho do depósito da cidade de Kansas.

Um newsboy disse uma vez ao amigo dele
"eu desejo que o velho Clyde começasse saltado
Nestes tempos duros nós adquirimos algumas moedas de dez centavos
Se fossem abatidos cinco ou seis policias."

"A polícia não começou o relatório ainda
Mas Clyde chamou-me lá em cima hoje
Disse, "não comeces nenhuma luta, nós não somos
trabalhadores da noite, nós estamos-no juntando ao NRA (National Rifle Association)."

De Irving ao viaducto ocidental de Dallas
É conhecido como o Great Divide
Onde as mulheres aão a familia e os homens são homens
E não baterão em Bonnie e Clyde.

Se tentarem agir como cidadãos
E alugarem um pequeno apartamento agradável
Aproximadamente à terceira noite são convidados a lutar
Por uma secundária metralhadora.

Não pensam que são resistentes ou desesperados
Eles sabem que a lei gannha sempre
Foram atingidos antes, mas eles não ignoram
Aquela morte é o salário de pecado

Um dia irão para baixo juntos
E enterrá-los-ão lado a lado
A poucos será pesar, à lei um alívio
Mas é a morte para Bonnie e Clyde.

Bonnie Parker



Como se observa (apesar desta tradução não estar em condições), esse é
aquele amor. E esse sim. É o meu amor...
E é por essa razão que adoro essa historia... Um romantismo sério, um
amor puro e "...um dia irão para baixo juntos..."

wolcit 
  O primeiro nu Nascemos nus. Despidos de "lirismos" corporais, filosóficos e
psicológicos.
Vimos puros, como a água da fonte. Somos nós e nós. É a nossa alma
contra a nossa alma. Mas eis que passa um dia, e as interacções das
almas estranhas nos assolam num continuo crescente.
Olho para uma criança recém nascida e observo as suas mãos. São mãos
livres. Livres sem desejo, sem aventura. Apenas mãos nuas. Olho para
uma mulher e observo as suas mãos. São mãos dependentes, com
aventuras. São mãos de raiva pela vida. E me pergunto: "qual o
momento em que a separação entre o livre e o dependente se deu?".
Resposta: "o momento se deu quando o ser tomou a dependência da
natureza humana".
Sou contra. Sou naturalmente contra a dependência, embora seja eu um
dependente crónico das suas raízes e da suas necessidades. Uso roupa.
Sou um dependente vestuativo. Como. Sou um dependente
carnívero/hervivero. Faço necessidades fisiológicas. Sou um
dependente fisiológico. Contudo, abstenho-me em usar adereços ou
utensílios e demais mascaras sociais. Não uso relógio embora seja um
dependente do tempo.
Li algures que o uso de adereços ou utensílios é uma forma de charme.
Hoje o uso desses objectos (não apenas pulseiras, brincos , anéis,
mas toda a mascara humana) tem cariz de sostificação. Passa a ser
moda. É moda. O uso de piercings nas mais variadas partes do corpo
(entre queixo, face, língua, testa, nariz, umbigo, vagina, mamilos,
orelhas, lábios, etc.) faz parte do ritual da moda. Não a moda total
mas principalmente a moda nas camadas da geração cool. Mas como a
droga, o café, o chocolate, o sexo, etc., os adornos são consequência
da dependência. Minha mãe tem de usar relógio. Mas não tanto para ver
as horas mas porque sem ele (relógio) se sente despida. Tornou-se
para ela uma dependência quase letal (quase letal porque na sua visão
limitada – que é a nossa visão humana – não existe espaço para a
liberdade existencial. E homem não livre, é homem sem razão de
existir).

A Malu falou em beleza. A beleza é subjectiva como é óbvio. Ela usa
os utensílios porque ela se sente bem. Se depedentamilizou a sua
razão. E está no seu livre arbítrio usa-los. Mas é uma dependência.
E os seres humanos jamais se livrarão dela.
Malu falou de uma criança de dois anos. Extraordinário o ser humano.
Logo nos primeiros anos já sente a raiz da dependência. Mas essa raiz
é apenas de imitação (as almas que gravitam á suas volta a
instrumentalizaram). Ela sente a sua mãe, as suas tias..., usando o
baton. Se esse é o estima do bem estar, então "pelo ir porque os
outros vão", vai. E quer. Quase de certeza, usará brincos, anéis, se
interioriza das mentiras e omissões. E juntamente com as suas
máscaras amará, odiará, simpatizará, se aborrecerá e finalmente
sofrerá. O ser humano é um natural sofredor. Sofre porque a sua raiz
é sofrer. Ele sofre porque nasceu, sofre porque vive. E por mais
tentativas, por mais "invenções" que fizer, uma vez sofredor, sempre
sofredor...
Malu falou sobre a produção feminina e seu efeitos nos homens. Claro
que eu próprio sinto esse efeito. Claro que quando uma mulher me
aparece á frente maquiada, de vestido provocante, com ar sensual, as
minhas hormonas quase que saltam da ponta dos meus pelos. Mas isso
é uma consequência da minha tentativa de sobrevivência. Quase como
uma intuição celular. Todos os animais têm como objectivo sobreviver.
Seja a que preço for. Claro que tem formas de suavizar, mas no fundo,
intuitivamente isso acontece. A resposta é: "Somos dependentes da
sobrevivência..."
Malu falou sobre o tipo de mulheres do mundo. Interessante esse
facto. O esterotipo de mulher depende da cultura em que ela se
insere. Isto é: Uma mulher Brasileira, tem a necessidade de manter o
seu amado (marido, namorado, amante, etc.). E porquê? Porque na
actual conjuntura Brasileira, para a sua sobrevivência terá que
alterar os seus costumes. Claro que há excepções. Mas numa perpectiva
de números (e eu adoro números J) os valores rondam os 89% (e tem
pelo menos uma prova: a avó da malu se embeleza não para a sociedade,
mas para seu marido).
A mulher europeia, mas propriamente a mulher portuguesa, não precisa
de se apromar muito. Ela apenas o faz durante a fase de "procura".
Quando ela "agarra" o seu homem, não necessita mais e se preocupar.
Tem vezes que me chocam certas situações. Pessoas que antes eram
sensuais tornaram-se pessoas quase vegetais. A resposta delas é
invariavelmente a mesma: "ahhhh agora não preciso de perder tempo
com isso. Agora posso-me sentir à vontade". Ela não pensa que o seu
amor a abandonará só porque ela já não se arranja. (Tem excepções e a
ordem numérica é de cerca de 3%).
As americanas estão tendo a sua quinta revolução. Por causa da
internet e não só (nos EUA tem muitas agências de casamentos e
acompanhantes), os seus potenciais amores estão indo procurar
parceiras para o Oriente. E Porquê? Porque segundo os mesmos, a
mulher oriental tem valores que estão perdidos. Ou seja. A mulher
oriental mesmo casada se arranja para o marido e apenas para ele. E
atenção: as últimas pesquisas 30% das mulheres americanas estão a
abandonar a carreira em troca da vida familiar (é algo
extraordinário).
Uma vez perguntei à minha mãe: "mamã, porque é que tu não te arranjas
para meu pai?". A resposta foi: "Não preciso. Eu já o conheço. E aqui
em casa ando á vontade". Voltei a insistir: "Mas tu quando sais
aranjas-te". Resposta: "Claro, porque vou á rua onde serei vista por
milhares de pessoas".
Esta forma de pensar mostra uma coisa curiosa: As pessoas usam a
embalagem para atingir os estranhos. Ou seja: É mais importante ter
bom aspecto mas pode ser um desgraçado interior, do que ser uma alma
fantástica e ter uma embalagem quase horrível.
Os maiores problemas (e praticamente os únicos) que tenho aqui em
casa, é do foro da embalagem. "Faz a barba, cortas a unhas, corta o
cabelo, lava-te, penteia-te..., olha que ninguém te quer, olha que
assim não vais longe, olha que assim é difícil arranjar serviço...",
são as formas de pressão mais ouvidas.
Mas vou resistindo. Sei o que sou, quem sou e o que faço. Sei a força
e as fraquezas da minha alma e isso me basta. Nas palavras da
sapiente malu, "Quem é belo é belo aos olhos – e basta. Mas quem é
bom é subitamente belo." E nesta ultima frase, quem é bom só é
subitamente belo, quando o parecer...
E só para terminar por hoje, direi que a Malu, escreveu um texto
fantástico sobre o Orgasmo. E mais uma vez, nas suas palavras depois
do uso das mascaras, "...se fuma um mesmo cigarro em silêncio, se
viram e dormem...".
E de tudo isso fica apenas a memória do primeiro nu. O ser no seu
mais radical lado. A liberdade...

wolcit

Só uma nota:
Não sonho casar com uma mulher que seja boa cozinheira. Na realidade
eu não quero casar. O casamento é algo fútil. Um acordo para gerir
mais barato as receitas domiciliárias e porque é bonitinho, e porque
fica bem e porque, porque, porque a sociedade assim o impõe.
O amor não é originado por causa de uma missa, uma caneta e uma
cambada de papeis. Ou porque a sociedade impinge, mas sim por entre
outras coisas, a dependências de sobreviver à raiva da vida.
Mas malu, tenho que te dizer uma coisa: Não existe no mundo inteiro
ninguém que tente conquistar o seu homem pela barriga. Isso é o que o
homem quer. Ser conquistado pela barriga. Mas as mulheres de hoje não
se interessam muito por essa hipótese. Talvez daqui a uns séculos
ehhehe.
De qualquer forma, eu estou numa fase, em que não acredita na
feiticeira. Existem algumas dependências sobre a minha feiticeira,
mas apenas vagas imagens. Não sei que mulher será ou seria a minha
feiticeira. Tenho até medo de imaginar hehehe. Na realidade até tenho
medo de chegar perto de uma (me dá daqueles arrepios horriveis na
espinha). Claro que uma mulher interessante (interessante é diferente
de ser bonita - e pode até ser bonita), que saiba e goste de
cozinhar, que de vez em quando me satisfaça as minhas fantasias e
que compreenda a minha alma (e a aceite - aqui é quase imperativo),
seria uma óptima feiticeira. Mas isso são apenas sonhos dependentes...

Ficaram muitas coisas para serem ditas. Queria falar sobre
dependência (o email está a ser escrito), queria falar sobre
casamentos (está a ser escrito), queria falar sobre porque as pessoas
tendem ser infiéis (está a ser escrito) e queria falar sobre muitas
outras coisas. Mas por agora só isto.

PS: Tudo o que foi escrito sobre a "mulher vs homem" é exactamente
igual sobre o "homem vs mulher". O ser humano na sua essência é
exactamente igual.


 
  Primos para o futuro:


www.mersenne.org ou www.entropia.com/ips


wolcit

 
  Casamento

Contrato celebrado entre duas pessoa de sexo diferente que pretendem constituir família mediante de uma plena comunhão de vida (art.º 1577.º do Código Civil, na redacção do Decreto-lei m.º 496/77, de 25 de Novembro). O contrato matrimonial tem carácter solene ou formal, nos termos estabelecidos na lei civil ou na lei canónica, conforme se tratar de um código civil ou católico. A validade do casamento civil depende de dois tipos de requisitos: de forma ou extrínsecos (solenidade) e de fundo ou intrínsecos. Entre estes conta-se a idade nupcial ou nubilidade, que hoje é de 16 anos para ambos os sexos (art.º 1601.º, alínea a)). Anteriormente a 1977 era de 16 anos para o sexo masculino e de 14 par ao sexo feminino.
O consentimento dos nubentes só é relevante se manifestado no próprio acto da celebração do casamento (art.º 1617.º). Admite-se, porém, o casamento de procuração (art.º 1620.º).
Baseia-se o casamento na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges e a direcção da família pertence a ambos. Pretendeu-se com isto abandonar o que foi chamada “concepção patriarcal”, com a existência de um “chefe de família”. Os cônjuges estão reciprocamente vinculados aos deveres de respeito, fidelidade, coabitação, cooperação e assistência. A violação de qualquer desses deveres, que, “pela sua gravidade ou reiteração, comprometa a possibilidade de vida em comum”, é fundamento de divórcio. Este, em qualquer das suas formas (mútuo consentimento e litigioso, é hoje aplicável (protocolo adicional à Concordata (1), de 15 de Fevereiro de 1975, e Decreto –Lei n.º 61/75, de 27 de Maio), para efeitos civis, ao casamento católico, que, numa perspectiva confessional, permanece indissolúvel. Os regimes de bens no casamento são agora apenas três: o da comunhão de adquiridos (regime supletivo), o da comunhão geral e o da separação (2). O Decreto - Lei m.º 496/77 suprimiu o regime dotal, porque colidente com o princípio da igualdade jurídica entre os cônjuges.
No plano constitucional, afirma-se i direito de constituir família e de contrair casamento em condições de plena igualdade (art.º 36.º, n.º 1). A família, “como elemento fundamental da sociedade”, tem direito a protecção, (art.º 67º, n.º 1). Absteve-se o legislador de, ao invés do que acontece, por exemplo, na constituição Italiana (art.º 29.º), declarar a família como sociedade natural “fundada no matrimónio”. De certo modo a Constituição portuguesa passa um “cheque em branco” a quaisquer formas de sociedade familiar, incluindo a união de facto “more uxorio”.

Casamento duplo
Instituição matrimonial em que periodicamente dois homens trocam entre si as mulheres ou, á falta delas, as irmãs ou mesmo filhas. Este facto parece ainda subsistir em povos de cultura árctica. Algo similar se verifica nos povos pigmóides. Entre os povos muçulmanos também se verifica a troca de mulheres, mas normalmente apenas as segundas e terceiras.

Casamento entre irmãos
Casamento entre parentes próximos e com frequência mesmo entre irmãos consanguíneos. Feitos por motivos religiosos (rei divino) e biológicos, era praticado nas dinastias principescas do antigo Egipto, dos grandes impérios africanos, da antiga Ásia Menor , dos Incas e dos Chibohas.
Fenómeno frequente nas famílias reais ptolomaicas e selêucidas, na época helenística esteve muito divulgado entre o povo, como o demonstram inúmeros papiros.

Casamento morganático
Diz-se de um casamento entre um príncipe e uma mulher de linhagem inferior, ou vice – versa, e no qual cada cônjuge conserva a sua condição. Também chamado “casamento da mão esquerda.

Notas:

- Este texto foi retirado de uma enciclopédia, sendo esta de 1984, pelo que tem algumas incorrecções e principalmente algumas desactualizações neste campo.

- As frases ou palavras entre “ “ significa que essas frases ou palavras estão realçadas. Como eu escrevo directamente na página do egroups, e esta não tem a faculdade de colocar em Bold essas mesmo frases ou palavras, optei por usar as aspas.


(1): A Concordata é um protocolo (tratado) celebrado entre a Santa Sé e um outro estado. Entre as Concordatas assinadas com Portugal é de assinalar a concluída em 1940, a qual, para além de outras matérias, de novo atribuiu ao casamento católico os seus efeitos civis. Por aplicação dessa concordata e do Decreto-Lei n.º 30.615 de 27/7/1940, que a integrou do direito interno Português, o divórcio passou a ser admitido apenas quanto aos casamentos civilmente contraídos. A Concordata foi alterada por um protocolo adicional assinado em 15/2/1975, em termos de se facultar a dissolução, pelo divórcio, dos casamentos católicos apenas quanto aos seus efeitos civis (Decreto-Lei n.º 261/75, de 27/5/1975). Para mais informações ver o site http://www.terravista.pt/Guincho/1018/cc.htm
Claro que sou completamente desfavorável à Concordata. Mais à frente direi porquê.


(2): Actualmente os regimes de casamento são 3, com um 4º regime que ainda não está legalizado.

1º Regime da comunhão de bens adquiridos
2º Regime da comunhão de Bens (Geral)
3º Regime da comunhão de separação de bens
4º Regime de união de facto. (este ainda não está legalizado e tem sido motivos para muitas discussões nomeadamente nas possíveis uniões entre homossexuais. Esta ultima situação prende-se também com o protocolo com a Concordata que proíbe casamento entre pessoas do mesmo sexo. A questão tem gerado muita controvérsia cá em Portugal)




Para compreendermos algo, precisamos de voltar ao início. Ao inicio dos tempos.
Li num livro que para compreendermos o futuro teremos que primeiro compreender o passado. Li também que só chegaremos ao futuro se passarmos pelo passado.
O casamento, curiosamente, não foi por uma questão religiosa, mas sim por questões sociais com aproveitamentos religiosos. O casamento foi então, uma invenção de forma a proteger os “direitos” dos homens fortes (como sempre). Explico. Naquela altura apenas os homens fortes eram escalonados para partirem em busca de alimentos (caça) e outras necessidades que a aldeia precisava. Ora esses homens por vezes teriam que ficar dias, semanas e ás vezes meses para conseguir executar a sua missão. Mas nem todos os homens eram fortes e os mais fracos teriam sidos designados para tratar por exemplo da agricultura e tarefas mais brandas. Ora perante essas situações, seria natural que houvesse ligações emocionais que tenham provocado roturas na sociedade da altura. É frequente ouvir-se hoje em dia que a prostituição é a profissão mais velha do mundo. Não é de admirar. Com o parceiro habitual fora da aldeia, o caminho estaria aberto aos que ficavam.
Para evitar esse tipo de situações, aqueles que habilmente se intitulavam ser o elo de ligação entre a aldeia e seus membros e Deus ou Deuses, chamaram a si a responsabilidade de por cobro á confusão (talvez tivesse havido guerras, lutas, disputas, ataques de ciúmes e outro tipo de situações que ainda hoje se verificam – não seria de todo estranho). Naturalmente que a melhor forma de resolver a situação seria unir duas pessoas de modo que fosse de todo impossível separa-los. Como? Simples: Como era necessário encontrar uma forma de impossibilitar a separação de um casal, seja por acções internas (zangas, etc.) e/ou por acção externa (outros elementos mulher/homem que possam intrometer-se na ligação), a melhor forma de o conseguir é levar alguém a pensar que seria uma catástrofe se acontecesse algo de diferente. Qualquer membro de um casal, se sentiria receoso das consequências. Por Deus ou por Deuses, afinal o elemento mais poderoso que existe (exactamente pelo seu caracter indubitável e inelável – não se coloca e na altura nem pensar em faze-lo, a duvida se Deus ou Deuses existiam), foi realizado o primeiro casamento da história. Foi feito um ritual onde o chefe da tribo, aldeia, o pajé, feiticeiro, etc., tomando-se como representante de Deus ou de Deuses, unia esse casal eternamente. O símbolo que se usou foi uma aliança. Esse costume é ainda hoje, usado em praticamente todo o mundo. No haitii e ilhas limítrofes o símbolo do casamento não é (não era – não sei se os costumes mudaram) aliança, mas sim colares feito de flores que os nubentes colocavam ao pescoço. A partir do primeiro casamento, todos os outros fora repetidos. Foi então constituído (talvez não formalmente) a instituição casamento que perdura até nós. Ao longo dos séculos, o casamento tornou-se algo sagrado. Pessoas casadas teriam os movimentos exteriores muito restringidos. Hoje em dia, é quase garantido encontrar nos países muçulmanos esse tipo de situação. Nós vimos que no Afeganistão as mulheres usavam Burqa. O corpo, incluindo a cara completamente tapada. E se houvesse hipótese delas não saírem de casa, elas não sairiam de casa. Outro dia, entrei num canal islâmico da Dalnet, e por acaso acabei a conversar com uma moça muçulmana. Quando terminamos a conversa eu disse: “ok. Kisses for you and for yours – ok beijos para ti e para os teus”. A moça não escreveu mais nada e dei por terminada a conversa e preparei para desligar a internet e ir para a cama, quando alguém (um tipo) me mandou um PVT. Era o irmão da moça. Dizia ele que não devia ter enviado beijos porque só os homens da família é que podem beijar as mulheres dessa família. Pedi desculpas e disse que os beijos era apenas um normal comprimento. Ele disse que sabia disso mas que nem como comprimentos o podia fazer. Disse-lhe eu então que lhe desse um aperto de mão. Ele voltou a dizer que nem isso era permitido. “Why? Why not? They are persons just like us. They must be respect. I respect all people, men, women, all – Porquê? Porque não? Elas são pessoas justamente como nós. Elas devem ser respeitadas. Eu respeito todas as pessoas, homens, mulheres, todos”. Então ele disse que era costume islâmico. Disse ele que era para evitar que elas se apaixonassem por outros homens ou que enganassem os namorados, maridos, etc.. E continuou perguntando: “look for ocidental people. They has got a divorce, families are destroyed, a lot of promiscuity existes inside of the ocidental families...- olha para as pessoas ocidentais. Elas conseguem o divórcio (divorciam-se), famílias são destruídas, existe muita promiscuidade dentro das famílias ocidentais....”.(ele disse mais coisas mas demoraria imenso estar aqui a escrever a conversa toda). E como já era tarde, despedi-me e fui. Neste diálogo está patente o cuidado como os povos muçulmanos tratam o casamento. Curiosamente ou não o Alcorão não foi evocado em nenhum momento para justificar a chamada de atenção. Contudo, quem lê o Al Corão encontra esse pensamento bem patente. Pensamento baseado em resoluções religiosas. Para? Exactamente promover a harmonia tribal (harmonia na aldeia, na sociedade, na família).

Claro que tudo isto são suposições. Suposições baseados em informações recolhidas em livros e na web. Não quero dizer que seja esta a verdadeira historia do primeiro casamento. Provavelmente não é. Mas tem uma boa hipótese de ser.
O que quero eu dizer com tudo isto é a razão pela qual sou contra a instituição do casamento. Contra a essência do casamento. Contra o porquê do casamento. Como sempre escrevo, não preciso de casar para gostar de uma dada pessoa. Aliás acho um erro as pessoas se casarem por acharem (uma grande maioria acha isso) que ficarão mais integras e serão mais felizes. Pelo contrário. No casamento duas pessoas não podem ser simples noivos, homem e mulher mas têm de ser amigos, e mais importante, cúmplices. Tal como dois bandidos que assaltam um banco, duas pessoas que se casam (ou se juntam) têm de trabalhar para terem sucesso no assalto e depois para poderem partilhar o dinheiro roubado. No casamento ou união, duas pessoas têm que forçosamente ser tudo. Amigos, inimigos, conhecidos, desconhecidos, bons, maus, engraçados, grossos, têm de sentir a efervescência da ligação. A essência da ligação. A união das suas almas numa só. Esse é que é o truque.
A maioria das pessoas nem se quer se dá conta do que fazem. Apenas casam. E o mais bizarro é que só o fazem porque acham bonito a cerimónia. Acham interessante aquelas palavras do padre (ainda gostava de saber o que tem o padre de engraçado para quase sempre os noivos se rirem). Acham que por casarem e por “educação” (duvido imensamente dessa “educação”), devem convidar todos os amigos coisa e tal. Sim até porque serem “educados” lhes dá direito a presentes desses tais amigos. Com listas num qualquer local de bugigangas que eles acham que será útil para a sua casa. E porque a inveja é rainha, até convém convidar as ex-namoradas e ex-namorados, para mostrarem o quanto eles perderam. A rejeição nunca é deles. É sempre dos outros. Mas por “educação” lá convidam.
Que bonito que ficam nas fotografias. Olha aquela foto ali? Lembras-te? Foi quando escorregaste e bateste com a cara mesmo em cheio no bolo. Foi uma pena pois o bolo era tão bonito. De qualquer forma adorei a forma como me lambeste. E entretanto mais um beijinho.
Existe algo de fantasmagórico no casamento. Não sei, Talvez a pureza da Noiva de Branco, que contrasta com o preto do noivo. Nalguns povos a cor é o vermelho. Noutros o amarelo e verde. Segundo eles significa pureza. Como se a pureza fosse mesmo a deles. Ahhhhhhhhhh que linda noiva vem ali de branco, imaculada. Mas que estranho. É impressão minha ou ela tem andados estes 5 meses a comer bolos de chocolate sem se fartar?

E volto a ensaiar sobre o casamento. Eu caso porque quero resolver a minha vida. Que estranha final de frase: “... a minha vida”. Então o casamento não é a NOSSA vida? Devia-mos dizer: “Eu caso porque quero resolver as nossas vidas, a minha e a minha namorada“ (mulher, amante, seja o que for).
Ainda no IRC (o IRC é interessante num aspecto: é que fazendo as prospecções certas, descobre-se coisas curiosas). E num destes canais de IRC, alguns usuários (leia-se usuárias – sempre mulheres, porque?), escreviam frases quase ofensivas tipo: “O fulano (marido de uma) vai ao jantar (do canal)” ou “Convidei o fulano e ele aceitou de imediato”, A resposta da visada não tardou: “ainda bem. Assim me vejo livre dele”.
Num outro dia umas das envolvidas nessa conversa me deu um PVT onde me perguntou sobre qualquer coisa que não me recordo agora e aproveitei para perguntar que raio de conversa era aquela de outro dia. A usuária explicou que era uma forma de tramar a outra coisa e tal. E eu afirmei: “Ahh sim. Pareceu-me que a outra tinha ficado contente por saber que o marido ia a um jantar onde iam outras mulheres a mais de 300 km de distância e que possivelmente (já que era jantar) iria dormir por aí”. A minha interlocutora não demorou muito a dizer: “ahhh ela disse isso porque assim fica livre para poder sair com os amigos. Ela sai com os amigos e ele sai com outros amigos”. Respondi: “Mas isso não devia ser. Que estranho. Não deviam ir juntos? Afinal de contas eles são casados e tens filhos”. Resposta:” Coisa deles”...
Perante isto, e supondo que isso é verdade (deve ser já que em Portugal, como no Brasil, é costume as pessoas saberem coisas umas das outras – sabe-se lá porquê e para quê, e a tal usuária parece saber sobre quem se tratava), que raio de casamento é esse? Quase que aposto que esse casamento mais dia menos dia acabará. Justificação? Simples: “Já não existia amor. Mas ainda nos gostamos. O amor é que acabou”. Compreende-se porquê.
O casamento deve ser uno. Casar deveria (deve) ser uma simbiose, uma união, um circulo fechado. Se eu estou doente, se estou triste, se estou alegre, se estou feliz, então a outra parte também o estará e vice versa. Não se pode esperar o fácil. Não se pode esperar que o amor seja declarado. É preciso sentir. É preciso que as pessoas se unem em torno de um tronco e que esse tronco é o resultado da mistura das duas almas que, saudavelmente são diferentes. E o amor não acabará. Caso contrário...



Sou conta a concordata. A concordata é uma convenção solene feita entre a igreja e determinado estado para regular as relações entre os dois poderes. Sendo a esfera de cada um totalmente independente, em principio não deviam ser necessárias as concordatas, mas o facto é que os conflitos começaram a surgir logo no primeiros séculos. Sobretudo a partir do século XIX as concordatas revelaram-se muito úteis, mesmo em estados de maioria não católica, em ordem não só para assegurar a paz e a harmonia mas para dar garantia jurídica à liberdade religiosa. Numerosos dissídios entre a Igreja e Portugal (relativos á liberdade eclesiástica, ao exercício do padroado, ao poder judicial, às imunidades eclesiásticas, ao foro clerical, ao direito de asilo, etc.) foram sendo resolvidos ao longo dos séculos por sucessivas concordatas. A última e mais importante de todas, que veio regularizar a situação criada com a Lei de Separação (1911) e outras medidas laicizantes, foi aprovada pela Assembleia Nacional em 27/05/1940). Não há muito tempo (três anos atrás) houve alteração a esta concordata mas sobre o 11 de setembro que visou a não discriminação de outras correntes religiosas nomeadamente a islâmica.
Como se vê, é necessário a religião para resolver as velhas questões sociais. Ou seja, usa-se uma permissiva capaz de sobrepor a todos os direitos a imposição de uma religião como sendo esta a detentora da verdade sem a qual nenhum estado (pelo menos o Português) conseguiria sobreviver. Por isso eu sou contra. Completamente contra. Um estado não pode ser responsável pelo bem estar e felicidade dos seus cidadãos. Um estado não pode impor uma religião, seja ela qualquer for aos seus cidadãos. Um estado deve sim promover a responsabilidade dos seus cidadãos às suas próprias escolhas e opções. Ao estado cabe a arbitragem imparcial das questões de responsabilidade de cada cidadão. E cabe a este último a responsabilidade dessas opções e escolhas e se responsabilizar perante as regras por que se rege esse estado. Não pode de forma alguma, a religião, se sobrepor a isso. Se eu sou homossexual, então deverei ter a responsabilidade de contrair matrimónio (ou não) com outro homossexual ou não. Não pode o estado dizer que não é permitido, porque a igreja não autoriza. Se eu sou homossexual e quero adoptar uma criança, não pode o estado dizer que não é permitido, porque a igreja não autoriza.
O ser humano tem mais de 5 mil milhões de anos. No inicio éramos primitivos. Hoje continuamos primitivos. E amanhã continuaremos primitivos.
E entretanto casemos-nos. Para o bem e para o mal. Para a vida e para a morte. Até que tragicamente Deus nos separe...


Wolcit
 
  Beijos, socialmente correcto e o Super Homem


Hoje vou escrever sobre três temas unidos pela humanização do beijo de Nietzsche.

Comecemos pelos beijos. Existem três tipos de beijos ditos orgânicos. São ele o Beijo sexual, o beijo filosófico e o beijo social.

O beijo sexual

É o beijo dado por prazer. Os beijos ardentes, os beijos apaixonados, os beijos de amor, os beijos por carinho são beijos sexuais. Dois amantes, enamorados, mãe/pai e filhos, tios/tias e sobrinhos, irmãos, ..., dão beijos sexuais. O prazer de um é o prazer de outro. Unicamente se dão esses beijos com o intuito de nos oferecermos e ou oferecer, momentos de prazer explícitos. Fomenta aqui o dúbio da troca.


O beijo filosófico

É o beijo único. O beijo dos sonhos, das ilusões. Este beijo encontra-se nas mais variadas formas de dizer “eu te amo”. É o beijo do imenso ser. Do Eu supremo. Nas palavras de Frederich Nietzsche é o super beijo na super boca do super homem na fronteira final dos homens.
O beijo filosófico é o beijo supremo e último. É a insustentável paixão de seres por seres. E nele, no beijo, que se encontra a sombra do amor eterno.


O beijo social

É o beijo dado na e pela sociedade. Um cumprimento sob a égide de um beijo é um gesto social. Fica bem. É de etiqueta, boa educação, socialmente correcto. É afinal o chamado beijo virgem.


Neste post, falarei do beijo social. E sobre este, assenta o meu protesto.

O beijo social é impessoal. Quando duas pessoas se beijam em sociedade fazem-no não por ternura (a isso seria beijo sexual), mas por tradição, por educação, porque é o correcto estipulado na sociedade onde vivemos. Mas, que representação tem para cada um de nós? A resposta é, como sempre, nenhuma. O beijo social se reproduz por indução não por emoção. Não se sente um beijo social. Na realidade nem sequer se pode chamar de beijo. Chamar-se-ia por exemplo, “faces”, ou “laterais” ou outra qualquer coisa, mas nunca beijo.
Poder-se-ia dizer: “mas porque essa mania de dar beijos se eles são impessoais?” A resposta poderia ser dada por convenção. Isto é, se um homem beija uma mulher na rua, que seja, por convenção, a mulher dar a cara. Se uma mulher beija outra mulher na rua, a convenção seria a mais nova a beijar primeiro (se acontecesse duas mulheres terem nascido no mesmo dia no mesmo ano, poder-se ia seguir o critério que a mais alta beijasse primeiro. Até podia-se criterizar a primeira a beijar podia ser a primeira a reconhecer a segunda). Se um homem ou mulher beija uma outra mulher na casa desta, então os visitados beijariam os visitantes.
Na Rússia este problema foi teoricamente resolvido pelos quatro beijos. Cada um dá dois beijos, um em cada face. Mas na essência do beijo, este continua a ser social e impessoal. Não se sente. Na realidade em sociedade não importa sentir, mas sim cumprimentar, friamente, como se o beijador e o beijado tivessem herpes.
O beijo Social é como um sorriso amarelo como que recebeu e não gostou mas que está proibido de a cavalo dado não olhar o dente..
Por isso eu protesto. E por isso não beijo. Aperto a mão. E porque se os olhos são o portal da alma, a mão, a mão que embala o berço, é a chave que abre esse portal. E por isso se sente e cumprimentar e não sentir, é como amar um sonho irreal....


Mas continuemos com o socialmente correcto. Quando um homem se declara a uma mulher, seja no namoro (antiquado) ou no casamento (usa-se pouco) ou ainda na declaração do seu amor, é costume (não obrigatório) oferecer um anel (a maioria dos casos), pulseiras (mais raro) e ou colares ou brincos (tem muitos casos). A mulher depois do momento de surpresa quase chora de alegria e aceita sem pestenejar dizendo o usual “sim” ou “eu também te amo”. Mas é socialmente correcto. A sociedade assim o impõe. É como uma obrigação.
Socialmente correcto é casar (agora diz-se união de facto – união sem de facto estarem casados tanto por civil ou pela igreja – O estado Português não reconhece este estado civil). Caso isso não se verifique existe um laço em pecado. Não é correcto. È socialmente incorrecto.
Observa-se na rua as mulheres e os homens. E sentimos como que um estado latente do procura / acha / esquece. O socialmente correcto obriga a mulher/homem procurar homem/mulher. E a partir daí dá-se o “fim da missão”. Consegui o homem/mulher tenho filhos, a missão está cumprida. Friamente cumprida. E o amor, esse, passa a ser apenas uma filosofia do horizonte do super homem. E porque é socialmente correcto viver numa tragédia, então passa a obrigatoriedade de ser socialmente correcto à forma mais humana aceite. E protesto. Protesto contra o socialmente correcto...



E porque falo de Nietzsche, fazia uma sugestão. Vejam o filme “The Lord of Flies” em Português, “O Senhor das Moscas”. Está lá tudo. O super homem, a trágico palco da vida, a essência humana no seu melhor e a fixação por Deus como sendo a fronteira do super homem...


wolcit



PS: Este filme parecendo tratar-se de uma história para crianças não o é. Embora os diálogos sejam de crianças é um filme perturbante e terrível. Mais importante ainda: São crianças na sua mais pura essência e nela se espelha a essência dos homens...

Este filme é de 1990 foi realizado por Harry Hook e é baseado num romance de William Golding.
Este filme foi anteriormente filmado em 1963 por Peter Brook. O livro é um clássico e é dado nas escolas brasileiras.


 
  Palavras a um Bosque Escuro

Uma palavra é tão forte como um castelo de pedra e tão
fraca como um castelo de cartas.

Na amizade, elas são fortes, imortais, cada uma palavra
redondinha, esculpida como os vales verdes entre montes.

Na amizade a ruina só existe quando há quebra de valores,
sobrepostos aos interesses unicos e egoistas...

No amor, elas são fracas, mortais, cada palavra pontiaguda,
arrancada dos montes rudes entre vales macios.

No amor não é prova garantida - tudo recomeça todos os dias
(se recomeçar).

Como é que tu gostas de mim?, vc pergunta
Gosto de ti como daqui até à Austrália.
Gosto de ti como bife com batatas fritas.
Gosto de ti como vc gosta de tomar banho todos os dias
Gosto de ti como sei que neste momento gosto definitivamente de ti

E que palavras frágeis são estas. Bastará um click para a
ultima carta se desfazer em lágrimas....

mas como diz o poema: "...é o fim do aprendizado, mas não o fim
da vida"

With love (love ergométicamente possivel)

wolcit 
  Morrer é belo. Por favor... respeitem....

A morte é imortal.. é bela.. é perfeita... é sublime...
é o nosso futuro....

Por essa razão... respeitem-na, odeiem-na, mas acima de tudo
existam para que ela vos beije com os seus lábios suaves, frescos,
brilhantes,... e vos leve numa viagem sem igual, viagem imortal,
bela, perfeita,...

Saibam existir... E quando existirem, morram

Por favor.... respeitem...

 
  O cidadão do Mundo que detesta o cidadão do Mundo


Olá... Sou eu!!! o cidadão do mundo.... e como detesto este
cidadão do mundo...

Há quem deteste Português...
Há quem deteste Brasileiro...
Há quem deteste Chinês...
Há quem deteste Inglês...
Há quem deteste Tirolês...
....
Há quem deteste... Simplesmente deteste....


Razões? Todas e nenhumas... Têm de haver razões para se
detestar?

Eu detesto-me, um cidadão do mundo... Razões? Todas e
nenhumas...
Será que é preciso haver razão para detestar?

Talvez seja preciso haver!!! Talvez.... para que eu, cidadão do
mundo seja cidadão do mundo e assim me detestar... Paradoxal Human
Being Theory!!


Without commentary 
30/07/2003
  Este não é meu mundo


Definitivamente não. Este não é definitivamente o meu mundo.
Este mundo mudo.
Um mundo onde silêncio rompe a barreira da alma. A última barreira da
alma que julgava longínqua. Mas constato que essa barreira está ali.
Ali a virar a esquina.
"Fala-se de mais", "Não se deve falar de tudo", "O melhor guarda-se
para nós",..., são frases que oiço quase todos os dias.
Desde que a humanidade existe, que essa "cultura" é o objectivo único
dela.
Não, este não é o meu mundo...

Temos a vertente pública. È politicamente correcto, ficar em silêncio
quando o chefe da repartição nos pergunta qual a freguesia onde
pertencemos, quando o policia pergunta porque estacionamos o carro em
lugar proibido, quando fazemos um negócio com vista a vencer sem
esforço, quando...
Porquê? Porque caso contrário poderemos aspirar a termos seguramente
problemas legais, jurídicos ou de ordem fadiante.
Para a nossa globalização pessoal, "não dizemos a verdade... toda"
Não, este não é o meu mundo...

Temos a vertente social, não se deve dizer a verdade. É terrível, é
inconveniente, é mal, é desespero sem razão, é antisocial, não é
bonito, não educado, não é...
Não. Na vertente social dá-se beijos na face, mesmo que o "beijo"
seja apenas o roçar do nosso pó ambulante. Cumprimenta-se dizendo,
olá. Dá-se presente para a conquista sem sentir. Porque é educado,
porque é bonito, porque... é das regras, da tradição, da imposição,
da obrigação...
Diz-se, "tu és bonita", quando por detrás, escorre lágrimas de
crocodilo emparedado, porque é presenteiro, é delicado, é charmoso,
é...
Porquê? Porque caso contrário, encontramos as tais barreiras. És pão
duro, és egoísta, és estúpido, mal educado, grosseiro, não procedes
bem, és antisocial, és irresponsável, és um desgraçado, és...
Não, este não é o meu mundo...

Não. O que eu quero, é te apertar a mão, quero te dar um abraço,
quero dizer que te amo mas não em forma de lagrimas, mas de sangue.
Quero sentir-te, quero é que o teu coração derrame em mim a tua
alma em forma de gota de ácido.
Quero te dizer a verdade. A comensurável verdade. Quero poder
percorrer as tuas estradas e espalhar nelas o céu. Quero... Quero o
meu mundo...

Não, este não é o meu mundo... Definitivamente não é...


wolcit

 
  Constituições...


No texto constitucional de um certo país lê-se assim:

"Nós tomamos como verdades evidentes que todos os homens são criados
iguais; que a todos eles o Criador atribuiu certos direitos
inalienáveis como o direito à vida, à liberdade e à prossecução da
felicidade. Que, para assegurar estes direitos, governos são
instituídos entre os homens, derivando os seus justos poderes do
consentimento dos governados (...)"

No texto constitucional de outro país lê-se, na parte correspondente:

"São tarefas fundamentais do estado:

(...) promover o bem estar e a qualidade de vida do povo e da
igualdade real entre os cidadãos (...)"

Vamos analisar estas duas declarações:

Em ambos os países existe uma preocupação com a felicidade dos
cidadãos . No primeiro país, a felicidade é matéria a ser definida
por cada homem e ser prosseguida livremente por ele; no segundo, a
felicidade (bem estar) é definida e promovida pelo estado.


Sendo a felicidade de um homem composta por bens, valores,
sentimentos e ideais que, em geral, são diferentes daqueles que fazem
a felicidade de um outro, e sendo cada homem livre na prossecução da
sua felicidade, o primeiro país será um país onde prevalecerá a
diversidade. No segundo país, onde a felicidade é matéria de
definição colectiva e promoção estatal, prevalecerá a uniformidade.
No primeiro país, pequenos grupo de cidadãos são livres de se
associarem e criarem escolas para os seus filhos, com programas e
regras que são diferentes das escolas criadas por outros grupos de
cidadãos. No segundo país, pelo contrário, as escolas serão uniformes
e possuindo os padrões definidos pelo Estado. O mesmo sucederá com a
saúde, os transportes, os serviços públicos: no primeiro país eles
divergirão de região para região de acordo com os gostos e as
preferências das populações; no segundo, eles serão idênticos em toda
a parte.
No segundo país, as pessoas desenvolverão um traço de carácter
interessante, que é de serem muito críticas, mas em geral incapazes
de encontrarem soluções para o que está mal, utilizando os seus
próprios meios. Na realidade, sendo as decisões tomadas de forma
colectiva pelo estado, dificilmente elas são à medida dos gostos e
preferências de cada um, daí que todos critiquem com razão, embora
por razões diferentes. No entanto, dificilmente estas pessoas
procurarão soluções próprias para os seus próprios problemas, pelo
facto de ser tarefa que compete ao estado.

O primeiro país será mais tolerante. Ele estará aberto ao
aparecimento de ideias novas, mesmo aquelas que apareçam sem sentido
aos olhos da maioria; desde que elas façam a felicidade de quem as
prossegue, e não prejudiquem ninguém elas serão toleradas. No segundo
país, pelo contrário, homens com ideias novas serão desencorajados,
pois não compete aos homens mas ao estado definir e promover ideias e
as coisas que fazem o bem estar e a qualidade de vida de todos os
cidadãos.

No primeiro país vão aparecer cientistas em abundância, homens de
ideias e de ideais, novos produtos, novos processos, e o país vais
prosperar. No segundo, pelo contrário, dificilmente tal vai acontecer.

Ambos os países prezam a igualdade, mas a igualdade de que falam as
respectivas constituições é diferente num caso e noutro. No primeiro,
trata-se de uma igualdade natural, presumindo-se que os homens são
todos iguais aos olhos do Criador, e devem por isso ser objecto de
tratamento igual. No segundo país, a igualdade é um resultado de ser
conseguido pelo estado. Trata-se de uma igualdade material.

No primeiro caso, os cidadãos são tomados à partida como sendo iguais
perante a lei, embora as circunstâncias da vida possam vir torná-los
muito diferentes e, carácter, riqueza, em inteligência, em distinção.
No segundo caso, qualquer que seja a situação de partida, compete ao
estado tomar as medidas necessárias para os tornar materialmente
iguais.

A diferença entre estas duas concepções de liberdade, e os efeitos
que ela gera, pode ser talvez ilustrada com um exemplo retirado do
futebol. Na primeira acepção, as equipas começam o jogo em igualdade
de situação, empatadas zero a zero, competindo ao árbitro zelar para
que as regras do jogo sejam cumpridas deixando os talentos dos
jogadores de cada equipa ditar o resultado final. Na segunda,
qualquer se seja a situação de partida, compete ao árbitro zelar para
que o jogo termine empatado.

Não é difícil imaginar em qual dos dois casos se praticará melhor
futebol. No primeiro os jogadores de cada equipa terão que trabalhar
forte se querem ganhar o desafio; no segundo, não interessa trabalhar
muito, sabendo-se de antemão que, ainda que ao intervalo uma das
equipas esteja a ganhar, o árbitro alterará convenientemente as
regras do jogo na segunda parte para que a partida termine empatada.

No primeiro país prevalecerá a justiça, no segundo a injustiça.
Naquele, um homem pode contar com o seu esforço e o seu trabalho para
melhorar a sua condição; no outro de nada lhe valerá pois o estado
acabará por intervir a fim de o colocar ao nível daqueles que não
trabalham.

E conclusão, o primeiro país vai prosperar num clima de justiça,
liberdade e diversidade; segundo vai permanecer pobre, num clima de
injustiça, obediência e uniformidade.

O primeiro texto foi extraído da Declaração de Independência dos
Estados Unidos da América e data d 1776. O segundo foi retirado da
Constituição da república Portuguesa e data de 1989.


Wolcit



PS: Para contornar as dificuldades que os cidadãos deparam no segundo
país, estes recorrem à corrupção para salvaguardar os seus
interesses. Ora como o estado costuma demorar eternamente, os casos
acabam por prescrever e para quê se aborrecer...

 
  Meu amor Brasil: Ti saudades...

7 de Abril de 2001. O primeiro dia

São 21:15 da noite no Rio de Janeiro. Daqui a 33 minutos, faz
rigorosamente 365 dias, beijava o chão do Brasil. Finalmente chegava
ao brasil. Ao Rio de janeiro...
Faz rigorosamente que pela primeiva vez senti o brasil. Senti o ar
quente da noite carioca, senti as pessoas do brasil. Senti o poder do
abraço da Celeste (acho que teve beijo). Senti o carro brasileiro,
senti o placar daquela bomba de gasolina em jacarepagua que
dizia: "gasolina adulterada é como fazer sexo sem camisinha, no
inicio é bom mas depois...", senti a emoção de dizer à Celeste quando
esperava o carro vindo do parque de estacionamento: "Cheguei ao
Brasillllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll"...



wolcit

 
  Conscientemente Bom

Vai um grande mistério, meu Deus, naquilo que teu servo Moisés
escreveu sobre a "árvore do conhecimento do bem e do mal" que, a
principio, plantaste no Éden.
Porque plantaste no meio do paraíso do bem a árvore do bem e do
mal?... se querias que o homem fosse bom, por que lhe puseste ante os
olhos a perene tentação do mal?...
Não, tu não querias que o homem fosse bom, e, menos ainda, que fosse
mau, querias que ele fosse conscientemente bom. Seres bons existiam
aos milhares, aos milhões, nos vastos domínios do teu universo.
Todos os astros do cosmos são bons, porque obedientíssimos
servidores da tua vontade, traçando as órbitas que lhes prescreveste
e não aberrando sequer por um triz dos gigantescos roteiros que lhes
marcaste. As tuas estrelas não falham, não prevaricam, não cometem
pecado mortal nem venial contra a tua soberana vontade – são
seres "bons", inconscientemente bons, porque lhes falta a "ciência
do bem e do mal". O que os astros praticam de "bom" é bom, porque é
teu – e o mal não existe em ti.
Bom é também o mundo orgânico, a flora , a fauna, todos os domínios
da vida vegetativa e sensitiva. Não há organismo, por mais primitivo
ou perfeito, que transgrida o menor dos teus mandamentos. Todos eles
são bons, inconscientemente bons. Tu mesmo o dizes. Depois de
terminares a obra da criação material, referem os livros sacros, vias
que `tudo era bom".
Depois disto, porém, criaste um ser inédito e inaudito – tu, que és
amigo das coisas originais e inéditas e não costumas repetir nenhuma
das tuas obras. Criaste um ser estranho, diferente de todos os
outros. Um ser que, como os astros do céu e os organismos da terra,
não era apenas "bom", mais "muito bom", como diz o Gênesis.
Esse ser novo era efetivamente bom, e muito bom – mas era
possivelmente mau, e muito mau... Esse ser estranho tinha em si a
inaudita possibilidade de ser bom ou mau. E, precisamente por não ser
efetivamente bom, como os outros não podiam ser, esse ser novo
era "muito bom".
Melhor é a teus olhos um ser bom que tem em si a possibilidade de ser
mau. Assim és tu...
Uma criatura livremente boa é um ser ilimitado. E eu sei que tu és
amigo de tudo que é ilimitado, tu, que és a infinita ilimitação, a
suprema Negação de todas as barreiras reais e imagináveis.
"Fizeste o homem à tua imagem e semelhança"- porque o fizeste
ilimitado, rumo ao dia e rumo á noite, em direção as alturas e em
direção ao abismo...
Os outros seres que criaste são seres de "planície"- o homem é ser
de `altura e profundidade"....
Os seres incapazes do conhecimento do bem e do mal são escravos e
autômatos da tua vontade – o ser dotado da ciência do bem e do mal é
filho teu e cumpridor livre do teu infinito querer...
Colocaste o homem no início da grande encruzilhada, no ponto de
partida duma linha reta e duma linha curva- a reta da inocência e a
curva da culpa e penitência...Deste ao homem a larga possibilidade
de escolher um dos dois caminhos, a faculdade de ser
inconscientemente bom ignorando o mal – e a faculdade de ser
conscientemente bom conhecendo o mal.
Estava o homem em face dum grande dilema. Podia ser o "filho mais
velho" que nunca deixou a casa paterna – e podia ser também
o "filho mais novo", o "filho pródigo" que livremente deixou a casa
do pai e livremente a ela voltou, depois de conhecer as "terras
estranhas" da culpa...
Muito mais querido foi ao pai o filho regresso ao lar do que o filho
nunca egresso da casa paterna. Porque? Porque este era
inconscientemente bom, e aquele era conscientemente bom.
Podia a humanidade ser como o filho mais velho – mas é como o filho
mais novo...E não é o homem o filho mais novo do Pai celeste? obra
novíssima da Divindade criadora? produzida pela tua Onipotência, meu
Deus, depois de todas as maravilhas do teu poder e da tua
sabedoria?...
O homem é o benjamin de Deus, e tão querido do pai eterno que lhe foi
dado o poder de ser bom ou mau...
Oh! quão grande, meu Deus, é a confiança que tens no teu benjamim!
ao ponto de lhe dares a faculdade de ser bom ou mau!... Todos os
astros do céu e todos os organismos da terra invejam a excelsa
prerrogativa do homem ao pé de cujo berço foi plantada a `árvore
do conhecimento do bem e do mal!"...
Permite meu Deus, que eu te faça uma pergunta, talvez indiscreta:
terias tu plantado no Éden essa árvore da ciência do bem e do mal, se
previsses que a humanidade fosse apenas filho pródigo, e não também
filho convertido?... que o homem, no meio dos porcos de seu despótico
senhor e desejoso de fartar-se com repasto imundo, não sentisse, um
dia, as saudades da casa paterna e resolvesse lançar-se, contrito ,
aos braços de seu paternal amigo?...
Se previste uma culpa sem conversão, porque criaste o homem?...
porque deste ao "filho mais novo" do teu amor onipotente a permissão
tácita de deixar a casa paterna da tua vontade e ir em demanda da
terra estranha do seu querer individual?... Porque não vedaste a teu
benjamim o acesso à árvore do conhecimento do bem e do mal?...por
que não lhe impossibilitaste a colheita do pomo fatídico, assim
como o puseste fora do alcance de todos os outros seres?...
Não, não posso crer meu Deus, que tu sejas tão cruel e insensato que
cries um ser destinado a ser infeliz, que chames à existência uma
humanidade fadada a perecer longe de ti, em terra estranha, faminta,
no meio de animais imundos...
Creio no teu poder...
Creio na tua sabedoria...
Creio no teu amor...
E estes teus atributos dizem-me que criaste o gênero humano para a
felicidade, que teu benjamim, ainda agora "filho pródigo", será, um
dia, o mais querido dos teus filhos, em cujos pés descalços de
escravo porás o calçado dos filhos livres de tua casa, em cujo dedo
brilhará a aliança da tua amizade paternal...Sentar-se-á à mesa do
teu grande banquete e ouvirá músicas e coros do teu reino, esse
benjamim que andava perdido e foi encontrado, que estava morto e
reviveu...
Também, como poderia o homem ser "encontrado" se não se perdera?...
como poderia "reviver" se primeiro não morrera?...
E como seriam possíveis esse reencontro e essa ressurreição da
humanidade se não lhe fosse dada a possibilidade do extravio e da
morte?...
Se o homem escolhesse a linha reta da inocência e, qual criança
ingênua e dócil, andara sempre na luminosa estrada diurna dos teus
mandamentos, sem jamais trilhar as vias noturnas do mal – daria
ele, certamente, glória a ti, seu Criador, assim como o resto do
cosmos. Glória muito maior, porém, te dá um ser que, depois de
conhecer todas as noites do afastamento de Deus, todas as terras
estranhas do pecado, todos os prazeres da liberdade pessoal, volta a
teus braços, livre e espontaneamente.
O homem que, podendo ficar inconscientemente bom como era, ou
conscientemente mau como podia ser ou foi, se fez conscientemente
bom , - é este o mais belo poema de Deus, a mais deslumbrante
apoteose do seu amor...
Por isto , meu Deus, é injusto e irrazoável que deploremos a
humanidade que povoa este planeta. Tu sabias que ela seria assim – e
não impediste que assim fosse. Seremos mais sábios e santos que tu?
Teremos a ousadia de considerar a tua obra como um fracasso e uma
falência? Daremos ganho de causa a teu inimigo? Que Deus tão pouco
divino serias tu se, no fim dos tempos, o teu adversário saísse mais
vitorioso que tu? se levasse consigo maior parte da tua humanidade?
A tua humanidade está cumprindo o seu destino, percorrendo a grande
parábola dos seus desvarios, saqueando, até o último pomo, a árvore
do bem e do mal, vagando por terras estranhas, servindo a senhores
tirânicos, suspirando por matar a fome com o sórdido repasto dos
animais, erguendo as torres do seu orgulho nas Babilônias da sua
miséria, enchendo de luxúria todas as ruas das suas Sodomas – tudo
isto é conseqüência fatal da grande curva que ela preferiu à reta.
Dia porém, virá em que a humanidade começará a fechar a grande
curva, aproximando-se do seu verdadeiro destino. Quando as nossas
torres babilônicas parecerem atingir o zênite de todos os nossos
orgulhos, e a noite das nossas Sodomas baixar ao ínfimo nadir da
nossa miséria carnal; quando o lúcifer do nosso super homem for
derrotado pela besta do nosso infra-homem, e este cair vitima
daquele, numa tragédia macabra, universal e irremediável; quando se
tocarem os extremos de todas as nossas grandezas e de todas as nossa
fraquezas – então acabará o homem por se convencer de que não há
nenhuma possibilidade de ego redenção, e dirá a si mesmo, com
infinita sinceridade: "Voltarei à casa do meu pai"...
E então, convencido da falácia de todos os caminhos percorridos,
começará a humanidade a fechar a parábola multimilenar dos seus
desvarios e voltará conscientemente para Deus, que conscientemente
abandonou.....
É possível que alguns homens, talvez muitos, nesse movimento
centrífugo, sejam arrebatados pela força tangencial do seu orgulhoso
individualismo e venham a perder-se nos espaços noturnos onde apenas
de leve atue a força centrípeta da Divindade – mas a humanidade como
tal não falhará o seu destino. Não é possível que seja vítima de
falência aquele que é senhor absoluto, não só sobre a linha reta da
inocência, senão também sobre a linha curva da culpa e penitência,
mesmo no mais longínquo afélio do ateísmo a que possa chegar um
peregrino da nossa terra.
É esta a mais incompreensível das coisas incompreensíveis: que até
nos domínios da liberdade humana atue o teu poder, ó Deus ! tu podes
fazer, sem ofensa à liberdade, que o homem queira o que tu queres.
Não o obrigas a querer porque isto seria negação da liberdade – mas
fazes com que ele, espontaneamente, queira o que tu queres, que trace
a sua vontade paralela à tua – é esta a mais estupenda afirmação
do teu poder, e é também a mais gloriosa confirmação da nossa
liberdade.
Que façamos livremente o necessário!...
Não nos compete, pois, a nós, arautos do teu reino, deplorar a
excessiva curva da parábola que o gênero humano abre, através da
história, distanciando-se do termo final do seu destino eterno;
compete-nos aumentar dentro das almas a inata força de atração que
nos impele ao teu centro, para que a força de repulsão do nosso
desmedido individualismo não nos arrebate para fora da nossa órbita e
nos lance aos espaços glaciais da noite eterna... Do seio de um
ilimitado oceano nasceu a humanidade, qual tênue nuvem de vapor que
sobe do mar e se eleva às alturas. Tangida por todos os setores do
universo, torna essa água ao seio do oceano, depois de atingir o
seu extremo afastamento, depois de interpor entre o seu ponto de
partida e seu termo de regresso Etnas e Vesúvios, Andes e Himalaias,
Saaras e Sibérias, zonas polares e regiões tropicais...Volta ao mar a
água que do mar partiu, volta, apesar de todos os óbices e
impossíveis que procuram frustrar-lhe fechar o grande ciclo...
Assim são as águas vivas da humanidade. Não pode a mais vasta
liberdade do homem frustrar para sempre os planos que a Divindade
ideou.
O felix culpa! exclama um dos grandes compreendedores dos divinos
paradoxos. Ó culpa feliz do homem que deu ensejo a Deus a que
revelasse, da maneira mais brilhante e cabal, o que , sem essa culpa,
só poderia revelar parcial e imperfeitamente.
Tu grande és tu, meu Deus, que até das trevas sabes fazer luz!... que
dá árvore do mal sabes colher frutos do bem...que da imensa curva das
nossas culpas sabes fazer uma reta mais reta que a reta da inocência –
a linha retíssima do homem conscientemente bom....
O felix culpa!...


wolcit

 
  Civilization: The man lost


Havia dois homens num deserto. E neles não havia nada a não ser as
roupas que traziam, os cantis de água e alforges com comida.
O deserto, terra inóspia, de beleza areal, apenas continha a prateada
areia em dunas e em repastos dourados, e alguns animais rastejantes
do deserto.
Os dois homens caminharam, caminharam, caminharam... E porque o
deserto era terra inóspia, e os recursos eram poucos, decidiram
partilhar, fazendo racionamentos de consumo. Muitas vezes correram
perigos de morte (insolação, queimaduras, ferimentos provocados por
cobras e escorpiões, sangrias, etc..), e salvavam-se mutuamente. À
medida que avançavam na geografia, os dois hones criaram entre si
laços de amizade. Fortissimos laços de amizade. Partilharam juntos
anteriores momentos... Contaram os seus segredos, as suas ilusões, os
seus sonhos, as suas carências, no fundo as suas essências...
E caminharam, caminharam, caminharam....
Até que um dia chegaram a uma aldeia indigna à beira de um Rio. Sorte
a deles. Estavam com sede (a água tinha acabado), com fome (a comida
tinha também acabado) e cansados (caminharam, caminharam,
caminharam). Os indigenas não eram hostis e rapidamente os integraram
junto deles. Uns meses mais tarde passou por lá uma caravana
ocidental que os levou para a esperada civilização.
Foram recebidos como herois (os pimeiros a atravessar o deserto) e
receberam muitas honrarias.
E cada um seguiu o seu caminho, contando entrementes a versão das
suas histórias.
Cinco anos mais tarde, encontraram-se num debate sobre "desertos e
sobrevivência". Em jogo estava uma Honraria que traziria mais fama e
honrarias que alguma vez eles tinham recebido pelas suas histórias de
desertos... E o debate foi duro. Muito duro. Os dois homens outrora
amigos de laços fortes se trasnformaram em inimigos de existência.
A civilização com as suas honrarias e fama desfizeram o nó que os
atava. A civilização fez os homens perderam as suas almas...

"Two strangers made friends by a savage land. Two friends made
enemies by the civilized world."


Wolcit

 
  Uma caminhada para a eternidade

Foram 9.534 metros de caminho...
Alguem disse que foi uma caminhada para a morte (eterna sublinhe-se)
Não. Nao foi caminhada para a morte mas simplesmente uma caminhada
para a eternidade.
E foi-a por essencia do que se sentiu. Sentiu-se o verde-verde dos
mosaicos floreais do jardim do Parque do Flamengo. Sentiu-se (tentou-
se mas nao se conseguiu) o monumento aos mortos da segunda guerra
mundial (lá no nosso profundo ouvimos alguns gritos de dor)
Sentiu-se os mastros dos barcos repousando sob a lua caida, amarela
de paixão antiga, mastros outrora fustigados pelos ventos e marés,
hoje imutáveis e impertubados sentindo o vento acariciando a sua
crista. Sentiu-se o verdejar dos espaços envolventes à reberbação dos
nossos passos. Sentiu-se o mar com todo o seu esplendor, o mar que
romanticamente é etreno. Sentiu-se a marina da Glória, do botafogo,
os tuneis do pasmado e do Eng.º Matos Porto e seus sons. Mais os sons
redondos das suas formas. Sentiu-se o poder de um café de um real não
sentido. Sentíu-se os teatros da Avenida princesa Isabel. Sentiu-se O
morro do Leme e o Forte Duque de Caxias. Sentiu-se Copacabana e o seu
posto numero 4. Sentiu-se a Rua de Figueiredo de Magalhães e a Rua
Domingos Ferreira. Sentiu-se tudo isso.
Tornou-se eterno. Contudo quase nada é eterno e não faria sentido
descrever a caminhada como caminhada para a eternidade se não
houvesse aquele eterno que lhe dá o nome. E o eterno não são esses
pontos admiráveis, mas sim o outro lado do admirável: o sentir dos
seres do eternamente. E assim sentiu-se aqueles 3 gatinhos
abandonados, pequeninos e endiabrados que deixaram se acarinhar. Uma
eternidade.
O sentir da areia da Praia do Flamengo, refrescante debaixo dos pés.
o sentir as ondas do mar que quase molhava os nossos sapatos.
O sentir daquele quadro na areia inacabado retratando sereias,
baleias peixes , conchas, na realidade as nossas ilusões e emoções. O
sentir dos pescadores que pescavam lá no morro do leme, dizendo para
os céus: "estou aqui para apanhar peixe e vc tem de ajudar".
Sentir a noite de copacabana, caindo de forma rude mas amorosa.
Sentir a mulher da noite, a outra visão do eterno. Sentir... o eterno
zumbir da cidade do Rio de Janeiro, dos seus edifícios, das suas
gentes, da sua mecânica global...
Sentir uma amiga que forçosamente nos recebeu como eternamente
cumprice.
Na etrenidade de uma caminhada está simplemsnte a caminhada para a
eternidade... :))

Wolcit

 
  Chuva que queima

A chuva não é mais que gotas do nosso suor, de nossas lágrimas, dos
nossos oceanos.
A chuva é, na palavra "amor", água que queima a nossa alma.
Sim, porque quando sentimos essa água, nos sentimos como que
queimados por dentro, como que se fogo ardesse e não se visse.

Se um dia, olharmos para o céu, quando a chuva cai, e sentirmos as
suas gotas na nossa face, veremos lugares inimaginados, paraisos de
imensos prados.
Veremos a imensidão das manhãs frias de orvalho, das tardes de sol
quente, das noites de luar apaixonadas.

Sintam a chuva, sintam as suas queimaduras, sintam as marcas das suas
gotas. Sintam as almas dos pecadores. Sintam a palavra amor. Sintam..
Sintam a chuva que queima...


wolcit

 
  Crónicas de uma singularidade

1ª Crónica - O desejo

Se os teus olhos falassem, eu colocaria minha alma numa escuta
incessante.
Porque eles são os portais para novos mundos... De cor incerta, de
amor cândido, de florestas de obscuras razões. Estes teus olhos
cheios de alegrias, tristezas e mágoas, escondem entre os arvoredos e
folhas cinzelas a verdade do teu Eu. Neles se podem ver a tua alma e
a sua florescência borbulhante. Neles se encontram histórias de amor
e de encantar. Histórias de gaivotas e de mares... Imensidões de
horizontes inimagináveis. Sonhos e ilusões como crianças brincando ao
luar.
São eles crianças que buscam um fio de vida.


2ª Crónica - O sonho

Os teus olhos falaram. Foi, algo, que tocou em meu ser. E no mistério
deles, vi-me num vale encantado. Nesse lugar mágico, havia seres das
mais variadas formas e feitios, cada um no seu Eu invicto. Dançavam
ao som da natureza envolvente e cada um, dava largas à sua alegria. A
paisagem era de uma verdade ruidosa. Um rio, que ria das suas
traquinices montanha a baixo. Arvores e flores falavam alto
comentando como se estivessem num teatro e adorassem a peça. Havia
nessa paisagem cervos e coelhos. Notava-se um vulto de uma coruja
dormindo. Não tanto pelas horas matinais, mas pela sua sabedoria. Nos
ramos daquelas tagarelas árvores pássaros amavam-se. Passarinhos
saídos da casca, gritavam por seus pais. Aí estava a magia da vida. E
irradiava luz com um brilho incandescente.
Aquele vale era todo magia pura e teus olhos sorriam à medida que o
tempo passava.
Senti o toque com alegria. Senti fogo de alma, senti meu coração
estalar. Senti inveja dos teus olhos. Senti amor como nunca tinha
sentido antes. Senti ser, pela primeira vez, senti ser. Quão
maravilhoso este sentir ser. Quanta gratidão por este ser. Mas era
apenas isso. Um sonho. Um sonho depois de um desejo...


3ª Crónica - A verdade

Raiva... É esta a verdade do meu Ser. Quando eu ouvi os teus olhos,
estava embebido numa espécie de casulo. Um sonho que partia de um
desejo. Mas eis que acordo rasgando esse mesmo casulo. E nesse
acordar, são violentas as descobertas. Aquele vale encantado não era
mais que um vale de sombras negras, os seres iguais na sua essência,
choravam de trevas. A paisagem, essa, era impotente para travar as
formas bizarras que se emanavam à procura do seu Eu. Um Eu perdido...
Pois claro. Essa é a verdade para a qual eu acordei.
Curioso. Notava-se um vulto de uma coruja dormindo. Ahhh, afinal não
era um sonho... Não. Era mesmo um sonho. A coruja dormia mas de
ignorância (seria de ignorância ou de sensateza?). Dormia para não
acordar para aquele vale. Na sua imagem (os seus olhos) falavam para
si só e por isso, dormitava. Encontrado o seu Eu, para quê destruir
esse sonho?
Raiva... A impossibilidade de meu Ser em viver nessa verdade, é
inimaginável. Nem eu, consigo imaginar. A teoria da impossibilidade
diz-nos que na alegria de um sonho, é sobreposto à tristeza das
sombras. E estas são emanadas das profundezas das almas.
A verdade, essa, é uma verdade que se tornou inverdade. A verdade do
amor, se transformou na inverdade dos seres.
E é aqui que nasce minha raiva. Raiva de perder o amor, a esperança e
ao fim ao cabo meu ser.


wolcit
 
  Existencia

No principio existia uma enorme gota de leite.
Então chegou wolcit e criou a pedra.
A pedra criou o ferro.
E o ferro criou o fogo.
E o fogo criou a água
E a água criou o ar.
Então wolcit desceu pela segunda vez.
Juntou os cinco elementos
E moldou-os num homem
Mas o homem era orgulhoso
Então wolcit criou a cegueira e a cegueira derrotou o homem
Mas quando a cegueira se tornou demasiado orgulhosa
wolcit criou o sono, e o sono derrotou a cegueira
Mas quando o sono tornou-se demasiadamente orgulhoso
wolcit criou a preocupação e a preocupação derrotou o sono
Mas quando a preocupação se tornou demasiado orgulhosa
wolcit criou a morte e a morte derrotou a preocupação
Quando a morte se tornou demasiada orgulhosa
wolcit desceu pela terceira vez
E ele veio como martir, o Eterno
E martir derrotou a morte...


wolcit

 
  Um poema

Naquela tarde nada anunciava um dia diferentes dos outros. Na cidade,
os mesmos carros em longas filas arrastadas, a rotina crónica que se
advinha e repete um dia atrás do outro, os mesmos nervos , a mesma
indiferença, o eterno ar alheio com que as pessoas passam e olham sem
se ver, em resumo a mesma essência "estrangeira". Tudo normal,
portanto.
De repente, um moço atravessa a estrada com dois ramos de rosas
vermelhas nas mãos. Aparece e desaparece entre as filas de carros.
Primeiro vê-se uma mão no ar com o ramo de flores, uma sombra que
acena, metade de um chapéu e, logo a seguir, a figura inteira, miúda,
em passos de gigante a desembaraçar-se dos carros e a correr para o
outro lado da rua mal o semáforo abre.
Vistas de dentro do carro, a agilidade com que aquele moço
saltava de carro em carro e a naturalidade com o que o fazia dava uma
ilusão de filme. Mas era como se estivesse no filme errado. Alegre,
despreocupado, com os pequenos ramos de rosas, um em cada mão,
avançava para a janela dos carros e estendia os braços num gesto
infantil mas ninguem pegava nos ramos.
De olhar bovino, os condutores ignoravam o gesto ou enxotavam o moço.
E, no entanto, ele era tudo o que interessava naquela tarde.
Vi-o correr para a berma do passeio sem tropeçar nas pessoas e
esperar que o sinal voltasse a cair. Tinha todo o tempo para estar
ali e, afinal, só queria vendar dois ramos de rosas vermelhas.
Endireitou o boné, esticou as calças, sacudiu o corpo e voltou ao
malanbarismo dos carros, de braços no ar e passos de gigante. Ninguem
parecia reparar nele. Desistiu daquela esquina e foi procurar outra.
Chamei-o quando já ia a desaparecer. O carro demorara a
chegar ao sinal e já não me ouvia. Um homem tocou-lhe no ombro e
voltou-se. Abriu um sorriso (nunca tknha visto um sorriso daquele
tamanho em dias da minha vida) e deu um salto até ao carro. Estendeu
os dois braços, com os ramos de rosas vermelhas sem dizer nada.
Perguntei-lhe quanto era. Dois reais cada. Apeteceu-me ficar com os
dois mas não fui capaz. Não queria desfazer ali toda poesia daquele
dia. Guardei um e disse-lhe para ficar com o troco. Com o mesmo
sorriso agradeceu, encolheu os ombros e não tentou perceber.
Desapareceu na esquina e nunca mais o voltei a ver...

wolcit no Rio de Janeiro 
  Amor gaivota


Amor gaivota
que voa voa
Amor sem Volta
imensidão à toa

Amor que é amor
num mar de trovões
ahhhh um esplendor
dentro de mil corações

É lá no horizonte
da memória que encontrei
o amor brotando como numa fonte
Ai minha alma que te darei

Amor gaivota
de sonho e ilusão
Amor jorrando numa gota
Tu, a sede de minha paixão...


wolcit

 
  A trsiteza da minha alma até me faz o jantar

Quando regresso a casa, cada tarde
a minha tristeza sai da alcova dela
com a sua capae começa a seguir-me
se caminho, caminhase me sento, senta-se
se choro, chora com meu pranto
até à meia-noite, e nos cansamos
então, vejo que a minha tristeza
entra na cozinha, abre a porta da geleira
tira um pedaço escuro de carne
e prepara-me um jantar


wolcit 
  O sonho que "quase" aconteceu: O wolcit ouviu os girassóis...


Noite morna. Sexta feira. Wolcit vagueava alheio ao mundo,
amargurado, pensando na vida. Deteve-se um instante (fatal instante)
diante de um buteco esquivo, no Leblon, e reparou numa mulher, negra,
belissima, dançando sozinha ao ritmo de um velho samba da Portela. A
mulher chamou-o com um riso esplêndido e ele entrou. Conversaram?
Wolcit não se recorda. Ela estendeu-lhe um copo. Ele bebeu. O liquido
era gelado e guardava no fundo um gosto turvo, amargo, que ele hoje
se esforço, inutilmente, por decifrar. Acordou de madrugada, descalço
e sem carteira, num ônibus atulhado de gente.- Onde estou? Podia ter
perguntado antes, "quem sou eu?". Sentia-se propenso à filosofia. Não
esperava que lhe respondessem. Uma matrona luzidia, sentada ao seu
lado, informou-o com um sorriso manso:- Estamos ma Cidade de deus,
meu bem. Wolcit assustou-se: "bolas!", pensou: "Queram lá ver?
morri!". Espreitou pela janela e viu o inferno deslizar à luz
cinzenta do amanhecer. Barracos de tijolo, placas de betão, depósitos
de água, antenas parabólicas - enfim, uma favela carioca. Sentiu que
o seu cérebro se punha lentamente em marcha, como uma locomotiva
fatigada, enquanto lhe vinham à memória as terríveis paragonas dos
jornais. Cidade de Deus, pois claro!, a grande favela de jacarepaguá.
O ônibus deixou-o, já o sol galgara o horizonte, na lagoa Rodrigues
de Freitas.Wolcit aproximou-se vascilante do brilho das águas, sentou-
se num pequeno molhe de madeira, bebeu a brisa humida da manhã. Tinha
chuvido durante a noite. Ao fundo, suspensos sobre as águas, erguiam-
se dois grandes morros. Prédios cresciam no sopé dos mesmos, torpes e
escuros como uma doença de pele. Duas graças pousaram ao seu lado,
enormes, as patas amarelas, lustrosas como se fossem feitas de
plástico. Um barco flutuava, ancorado, um pouco à frente. Uma dezena
de grandes aves pretas, biguás, permaneciam em pé e imóveis, no seu
interior, muito bem alinhadas, o bico voltado na direcção do vento.
Wolcit fechou os olhos. Quando os reabriu o mundo já não era o mesmo.
Um arco-íris desenrolava-se à sua frente como uma cobra. Viu-lhe as
escamas rebrilhando no dorso, e cada cor cantava, e no conjunto
aquilo pareceu-lhe mais largo, sonoro e arrebatador do que qualquer
uma das nove sintonias de Beethoven. Maravilhou-se: ouvia as cores!
Sim podia ouvir as cores. A sensação não desapareceu nos dias
seguintes, antes pelo contrário, itensificou-se. O espetaculo do sol,
ao crepúsculo, incendiando as nuvens, ganhou para ele, uma dimensão
inédita. tapava os olhos para não escutar, à beira das estradas a
estridência selvagem das buganvílias em flor, ou, ainda mais
doloroso, o uivo amarelo dos girassóis. Passou a amar, porém, a
melodia alegre das telas de Miró. Foi de prepósito ao Museu de Arte
Moderna de Nova Iorque, MOMA, ouvir as cores dissonantes de Jackson
Pollock. As piscinas de David Hockney, essas cantavam só para ele
melodias refrescantes. "Bossa nova", pesnou ele, "ou alguma coisa do
género, sei lá, samba de salão". Depois, pouco a pouco , Wolcit voltou
a ser um de vós. Hoje percorre os canais do mirc contando a quem
estiver disposto a ouvir (ler) a sua incrivel história. Acha ele que
se escuta, a cada dia, com crescente incrédulidade. Procura
ansiosamente a bela mulher negra que num final de tarde o chamou para
dentro de um bar com um sorriso luminoso, o envenenou, e lhe roubou a
carteira e os téns. Nunca houve alguem que busque quem o assaltou com
tal amor, tanto carinho, tamanho desvelo. O meu "outro lado da alma",
confessou-me recentemente com os olhos rasos de água, "faço qualquer
coisa para voltar a ouvir o pôr do sol no Arpoador".


Wolcit
 
  Fazer guerra é necessário. Se não fosse não se faziam...


Fazer guerra é necessário para se controlarem as massas. Assim o
essencial da guerra é a destruição, não necessariamente de vidas
humanas, mas de produtos do trabalho humano. A guerra é um meio de
despedaçar, ou de libertar na estratosfera, ou de afundar nas
profundezas do mar, materiais que de outra forma teriam de ser usados
para tornar as massas demasiado confortáveis e, portanto, com o
passar do tempo, inteligentes...

wolcit

 
  A paixão é um bosque escuro?

Saí de uma estrada e entrei num bosque. Bosque escuro esse. Emanado
de dores no rosto, de espinhos cortantes e pontiagudos. Como sair
desse emaranhado de ilusoes? Como destruir um suposto sonho se esse
mesmo sonho se autodestruiu? E no rosto desse sonho, estaria a
inocencia procurada. A resposta á pergunta, porquê, simplesmente se
responde com o sentido unico da verdade: Amor...

wolcit

 
Se um beijo é um erro estatistico, o amor é uma sombra chula

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